"O tempo é o campo do desenvolvimento humano." - Karl Marx

29
Dez 09

Às vezes torna-se muito difícil explicar aos outros como é a visão de um míope…

Aqui ficam duas imagens que encontrei no Google, que de alguma forma demonstram o modo como vejo o ambiente à minha volta e as pessoas quando estou sem óculos ou lentes de contacto.

Para compensar, a visão de um míope ao perto é excelente! :p

 

publicado por Jana às 12:42
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27
Dez 09

Este fim de ano coincide com o fim de uma década… não faltam por aí analistas a fazer balanços e até alguns que fazem prognósticos. Queria de alguma forma ironizar com este tipo de coisas, mas não sei porquê também me sinto tentada a escrever algumas linhas sobre o que eu acho que realmente se alterou nos últimos tempos…. Não queria andar sempre em torno do tema do blog, mas penso que o que mais se alterou nos últimos anos, foi mesmo a percepção do tempo e do espaço!

Se o terrorismo marcou os primeiros anos deste novo século, a crise económica, que na minha opinião é mais uma crise de valores, tem vindo a pautar a segunda metade da década… principalmente de adoptarmos o ponto de vista nacional como espelho do que se passa pelo mundo. Hoje li uma reportagem na Pública sobre a factura que a economia mundial está a pagar pelos «anos de optimismo» - leia-se crescimento económico à custa do aumento das desigualdades sociais - vividos durante a governação de Bush e Clinton… Se calhar até existe um bom argumento nesse raciocínio, mas como aspirante a socióloga penso que à explicação económica devamos sempre desenvolver uma perspectiva mais compreensiva sobre os modos de vida das pessoas.

Neste domínio, vivemos hoje na era da internet – dos blogs, do facebook, etc. – que alteram completamente a percepção do tempo e do espaço à escala dos agentes. Se alargarmos o horizonte de análise, a era da internet – ou das TIC – transportam-nos para novos desafios em quase todas as dimensões da vida social… principalmente a do trabalho, apesar de todas as teorias que defendem o fim da centralidade do trabalho e insistem na prevalência actual dos valores pós-materialistas. Hoje, o tipo de competências que nos são pedidas no trabalho são totalmente diferentes e ficam rapidamente obsoletas! Esta é uma luta perdida à partida, uma vez que por mais que se tente apanhar a escada rolante, quando entramos nela, há já um novo conjunto de requisitos novos que se formaram… isto era outro post, não queria entrar muito por aqui, até porque penso que existem variações importantes consoante a área de formação! O certo é que, à escala individual tendemos a desenvolver um espírito de dever e procura de satisfação de um conjunto de necessidades quantificacionais, aos quais o mercado responde com a precariedade e constante imposição de novas necessidades. Esta ideia não é minha, mas em parte de um senhor chamado Richard Sennett num livro muito interessante chamado “A Corrosão do Carácter”.

Já fui perdendo um pouco a linha do que queria dizer neste meu pseudo balanço da década… o que espelha a complexidade que uma análise das transformações sociais exige, ainda que muitas vezes não a encontremos nas páginas dos jornais que lemos, muito menos nas curtas reportagens que assistimos na televisão. A ideia principal é sempre a ponte necessária entre o macro e o micro… se de uma forma geral podemos dizer que o imperativo económico parece que veio para ficar, por outro lado o «peso» que este tem sobre os agentes, tem vindo a transformar completamente a nossa percepção das distâncias físicas e temporais… na minha opinião, estas pesam cada vez mais!


21
Dez 09

Quando vi a noticia da agressão a Berlusconi achei um pouco estranho como é que alguém tinha conseguido chegar suficientemente perto do primeiro-ministro italiano para agredi-lo... mas pronto, que ele merecia, merecia...

Contudo, está a acontecer o que já se esperava, a popularidade de Berlusconi subiu sete pontos nos últimos dias....

Dou por mim a questionar até que ponto esta não foi mais uma encenação mediática. Que o Berlusconi é amigo das plásticas... toda a gente sabe que o é! Não terá ele aproveitado a sua estadia para fazer mais uma à custa da dita agressão... e com isso prolongar a sua estadia no hospital!

Quanto ao Tartaglia (o agressor) é engraçado como ele é portador de um diagnóstico de doença mental, como se alguém lúcido e com a mínima noção do que são direitos humanos não o fizesse por si... o difícil é a oportunidade e o Tartaglia teve-a!

A moral da história são mesmo os sete pontos de popularidade, que Berlusconi nunca teria ganho sem a agressão... o resto é especulação, mas para quem já viveu em Itália durante um tempo, o cinismo é mesmo o melhor escudo!

publicado por Jana às 13:44

20
Dez 09

 

Se politicamente quase se pode afirmar o fracasso total de Cimeira de Copenhaga... aqui fica um teste bem 'girly' que avalia o nosso comportamento face ao meio ambiente - denominado de Quociente Ecológico!

A moral da história passa muito pelo facto de que o vector económico vai pesar sempre mais nas decisões políticas do que o real interesse em pensar estas questões. Ainda assim, penso que vale a pena todos tentarmos contribuir no nosso quotidiano para a sustentabilidade do nosso planeta. Isso não basta, mas pelo menos temos a oportunidade de encontrar uma forma menos de egoísta de nos relacionarmos com os outros e com o mundo que nos rodeia!

publicado por Jana às 18:35
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As ilhas do Porto podem ser consideradas um exemplo da hipocrisia que guia no nosso olhar quando nos deparamos com a pobreza, mas acima são o sintoma de como há muito o sistema político falhou e que tarda a encontrar novas soluções em matéria de habitação.

Ao longo deste ano tenho vindo a encontrar alguns apontamentos jornalísticos sobre esta forma de habitação...  ao partilhá-los procuro comentários que me confiram uma perspectiva diferente da minha, que por via da minha tese de mestrado sobre esta temática, já há muito adoptei uma postura de compreensão dos modos de vida destas pessoas... e com isso, vou comulando uma certa ironia face a todos os discursos, inclusivé o jornalistico, que sobre as cidades e a habitação social se vão fazendo.

O primeiro link que vos deixo é um conjunto de quatro videos de cerca de meio minuto cada um com relatos de quem vive em Ilhas espalhadas pela cidade.

 

Ilhas do Porto: Ainda há quem tome banho em bacias

publicado por Jana às 14:12
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Escrever, costuma-se dizer que é um acto doloroso... tem o seu quê disso, mas é antes de  mais um acto prazeroso e acima de tudo, um acto de partilha com os outros. Se escrever um blog não é uma novidade para mim, depois de quase dois anos de ausência e de várias tentativas de retomar a escrita pela blogosfera, penso que faz todo o sentido voltar com um novo blog... não que o «troppo vino» tenha deixado de fazer sentido, mas porque hoje as inquietações que me movem a escrever são outras...

Se vinho a mais continua a alterar os sentidos, hoje os eixos do espaço e do tempo na leitura que vou fazendo da realidade... no modo como estes estruturam o meu pensamento, fazem com que tente uma vez mais retomar a escrita por estes lados com um leque de novas ideias... sem nunca perder o tom ingénuo, a que a necessidade constante de continuar a sonhar assim o obriga, e que me motivou, em primeiro lugar,  a escrever o primeiro post no velhinho Troppo!

Um post com as devidas apresentações...fica então para mais tarde... porque o tempo - esse bem tão escasso - é acima de tudo uma questão de percepção!

 

publicado por Jana às 01:24

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